quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Não só de lamúrias se vive o homem

"Lamentar as experiências vividas é uma forma de impedir o próprio desenvolvimento. Negá-las é colocar uma mentira nos lábios da própria vida. É nem mais nem menos do que a negação da alma."
By Oscar Wilde em De Profundis

Mais um ano se passou e o blog continua às migalhas - my bad. Apesar de não escrever aqui, declarar ao mundo, muita coisa boa aconteceu comigo este ano. Não que seja da conta de alguém, mas se está mesmo interessado em saber um pouco mais sobre mim, sugiro que continue lendo.

❝ A fotografia é uma forma de ficção. É ao mesmo tempo um registo da realidade e um auto-retrato, porque só o fotógrafo vê aquilo daquela maneira.❞Gérard Castello Lopes
Como já contei aqui no blog fiz três cursos de fotografia ao longo do ano. Embora a citação acima sirva como uma definição de o que é fotografia, continuo com o pensamento de que fotografia não se define, se sente. É algo que vem do fotógrafo e daqueles que a vêem. Isso foi muito discutido nas minhas aulas, que além de aprender muito com elas, tive a sorte de conhecer pessoas maravilhosas e com os mais diversos olhares para o mundo. Uma das minhas conclusões é de que fotografar é um hobby muito caro!

❝ Se tiver o hábito de fazer as coisas com alegria, raramente encontrará situações difíceis.❞Robert Baden-Powell
Minha vida mudou para melhor quando entrei no Movimento Escoteiro (M.E.), em agosto de 2011. Autonomia, segurança interior, desinibição, conhecimentos técnicos e práticos, liderança (ainda estou trabalhando nessa) foram alguns dos benefícios. Outra parte são as amizades que conquistei e que vou levar pra sempre comigo.

Ano passado, em 2014, aconteceram algumas coisas que estavam me esgotando e tornando minha vida infeliz dentro do M.E. Foi aí que eu decidi sair do Grupo Escoteiro (G.E.) em que eu estava, já que era a causa desses infortúnios. Em dezembro de 2014, entreguei minha carta de alforria com o pensamento de me afastar do M.E. por pelo menos seis meses, pra lavar a alma e só então voltar a pensar no meu retorno.

Meus planos foram por água abaixo no início de fevereiro, quando uns amigos de outro G.E. me convidaram para uma festa de confraternização. Não fui convidada para apenas para comer um delicioso churrasco com eles, na verdade, um amigo tramou muito bem o esquema de "caiu na rede é peixe". Lá estavam os papeis de transferência de G.E. Ele pediu para que eu assinasse sem o compromisso de me apresentar para o serviço. Eu já gostando muito desses amigos e do G.E. deles, não foi muito difícil me convencer. Sou grata pelo que fizeram, pois pude vivenciar um outro lado do M.E., o espírito de fraternidade.

❝ FAÇA algo HOJE que seu você do futuro irá AGRADECER.❞Desconhecido
Em 2014 realizei uma das minhas resoluções que era fazer qualquer exercício físico regularmente. Porém, em 2015 acabei abandonando a academia, o que resultou no retorno das gordurinhas localizadas e do sedentarismo. O desanimo bateu na porta, se instalou e não tinha nada que me fizesse voltar a malhar. Isso até que venci essa resistência desnecessária e desde agosto de 2015 passei a malhar outra vez. Não me gerou os resultados que eu esperava, mas já quebra um galho, e assim não fico parada. Meu plano para 2016 é voltar a praticar boxe executivo e mais pra frente, alguma outra arte marcial.

❝ Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.❞Leonardo Da Vinci
Esse ano encerro o curso de Inglês, o qual tive a oportunidade de conhecer pessoas incríveis, bem como aperfeiçoar minha conversação in English. Foi uma experiência fora do comum, que me deu confiança e inspiração para escrever meu livro nesse idioma. Vai ser um desafio sem tamanho e não poderia deixar de citar o grande Maxwell Smart "e eu... vou adorar".

Em fevereiro de 2016, se tudo der certo...  ouça enquanto termina de ler  ... inicio meu curso de ITALIANO! Por que italiano? Parece meio supérfluo, mas desde que li Comer Rezar Amar uma vontade inexplicável de aprender esse idioma tomou conta de mim (me julgue).

❝ É loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo.❞ Antoine de Saint-Exupéry
Por fim, foi nesse ano de 2015 que finalmente descobri a carreira que quero seguir: web-designer. Fiz um curso de dois meses e meio, agora no final do ano (e por isso quase não consigo completar meu desafio literário a tempo). Aprendi muito com esse curso, porém, ainda não estou satisfeita e vou buscar por mais. Estou até desenvolvendo um novo layout, pensando num novo blog com domínio próprio e tudo mais. Quem sabe futuramente eu possa aposentar de vez a carteira da OAB e mergulhar fundo nessa área.


Boas festas e feliz ano novo!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Relatório das minhas resoluções de 2015

"O que o seu eu de hoje quer mudar no seu eu de amanhã?"
By Super Kah

Estava olhando o contador de posts do blog e que ano mais preguiça foi esse? Isso ou então perdi a tal da vergonha na cara. Consegui superar 2013 que teve uma lástima de apenas 14 publicações. A verdade é que perdi o T pelo blog, por consequência, deixei as traças e teias de aranha tomarem conta do recinto. Peço desculpas por isso. No próximo post explicarei melhor sobre o ocorrido.

Sem mais, vamos ao velho e conhecido check list das minhas resoluções:

Fazer um curso de fotografia


Na falta de um, fiz TRÊS cursos de fotografia! Logo no início de fevereiro comecei o curso de Fotografia Digital que dava um norte sobre como manusear e utilizar as configurações da câmera para sair do modo automático; logo em seguida, fiz uma espécie de continuação desse primeiro curso, que envolvia técnicas mais avançadas utilizando apenas o modo manual, ou seja, aprendi a ter controle total da câmera. E por fim, fiz um Curso Criativo de Fotografia com um talentoso amigo meu. Missão mais que cumprida!

Ler, ler e ler


Como já disse no post anterior, consegui cumprir meu Desafio Leituras 2015 com sucesso. Esperava ter lido mais que os doze livros propostos, mas fui pega de surpresa com alguns compromissos que não me davam uma tranquilidade para ler. Porém, a experiência valeu a pena e atingiu seu propósito principal: incentivar a leitura variando os estilos literários.

Dar início ao meu livro


Tenho uma coleção de caderninhos e acabei reservando um deles para as minhas histórias. Não tem muita coisa, mas tem muita anotação sobre as personalidades e sentimentos dos personagens, curiosidades das minhas inspirações, entre outros. Tem, inclusive, o final da série. Foi bem estranho escrever o final de tudo sem escrever quase nada do começo, mas acredito que isso vai me ajudar, como se fosse um guia para os passos das histórias. Uma ideia louca que me surgiu é escrever o livro em Inglês e lançar lá fora. Na verdade era minha ideia desde o começo, mas só tive a confiança depois de concluir meu segundo curso de Inglês.

Pai Mei approves this message!

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Relatório do Desafio Leituras 2015

"Veni, vidi, vici"
By Júlio César

Lancei esse desafio de leitura para ver se eu variava nos estilos literários e também como uma forma de incentivar a leitura, não só minha como dos meus amigos. Vi que muitos gostaram e aderiram à ele, só não vi se todos completaram. E se não completaram, não tem problema também, pois como eu disse é um incentivo e não uma obrigação.

O desafio também serviu para que eu notasse um padrão de comportamento: têm meses em que eu simplesmente não encosto nos livros. É muito estranho, mas só notei porque por pouco eu não consigo completar o desafio e eu estava adiantada na leitura. Cabe a mim fazer um policiamento sobre isso.

Comecei essa jornada literária com "Minha Breve História" de Stephen Hawking e achei bem interessante. Impressionei-me com a história dele e fiquei curiosa para ler os outros livros de Hawking, como "Uma Breve História do Tempo" e "O Universo Numa Casca de Noz". Sou louca para ler qualquer livro do Oscar Wilde, então mergulhei de cabeça em "De Profundis". Sinto muito pelo o que aconteceu com ele - se apaixonar por um jovem que o fazia mais mal do que bem e ainda ser preso por causa dele -, esse livro só me fez ter mais vontade ainda de tê-lo conhecido (assunto para outro post).

meu instagram ;)

"As Espiãs do Dia D" de Ken Follett foi um achado, literalmente. Não havia decidido qual seria o livro publicado pela primeira vez neste ano que eu iria ler, e até que o encontrei enquanto fuçava o Skoob. Outro achado foi "A Última Delegacia" de Patrícia Cornwell, que apesar de ser o divisor de águas da vida da médica-legista Dra. Kay Scarpetta, eu gostei muito. Há tempos eu queria ler algum livro com essa protagonista e acabei escolhendo este pelo número de páginas, já que não me decidia sobre qual livro com mais de 500 páginas eu iria ler.

Por aí seguiu e o resultado do desafio foi esse:

01 - Um livro do seu autor favorito: O Clube Mefisto, Tess Gerritsen
02 - Um livro de crônicas: Sete Anos, Fernanda Torres
03 - Um livro de não ficção: Minha Breve História, Stephen Hawking
04 - Um livro que virou filme: Na Teia da Aranha, James Patterson
05 - Um clássico da literatura brasileira: Memórias de um Sargento de Milícias, Manuel Antônio de Almeida
06 - Um clássico da literatura mundial: Elogio da Loucura, Encomium Moriae
07 - Um volume de alguma trilogia ou série: Escola: Os Piores Anos da Minha Vida, James Patterson & Chris Tebbetts
08 - Um livro que tenha protagonista mulher: Ladrões de Elite, Ally Carter
09 - Um livro publicado pela primeira vez neste ano: As Espiãs do Dia D, Ken Follett
10 - Um livro com mais de 500 páginas: A Última Delegacia, Patrícia Cornwell
11 - Um livro que você está louco para ler: De Profundis, Oscar Wilde
12 - Um livro indicado por alguém: Conte-me Seus Sonhos, Sidney Sheldon

Aguarde dia 1º de janeiro, pois lançarei o novo desafio que será mais interessante e divertido (assim espero).

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Inside: Bette Porter

"I am not some fucking loose cannon that just fucks everything that walks, ok?!"
By B. Porter

Há alguns meses atrás, maratonei pela segunda vez a série The L Word, de 2004–2009. E se existe uma personagem de seriado que eu absolutamente amo/venero/admiro/defendo-até-a-morte é a maravilhosa Bette Porter, interpretada pela talentosa, incrível e brilhante atriz, Jennifer Beals. Para quem ainda não viu e pretende ver, o post contém muitos spoilers, então fica por sua conta em risco. Boa leitura!

Bette Porter é lésbica, está há sete anos num relacionamento monogâmico com Tina, workaholic, controladora, dominadora, egoísta e visivelmente para alguns, autodestrutiva. E o que me levou a gostar tanto dessa personagem? Tudo! E ser interpretada pela Jennifer Beals fechou o pacote.


A interpretação da Jennifer é majestosamente impecável. Você olha para Bette e a sensação que fica é de que ela realmente está passando por tudo aquilo (seja algo bom ou ruim). Nas cenas de questionamento interno então? É perceptível aquele sofrimento e você cria uma grande empatia por ela, pelo menos comigo é assim. Um exemplo que adoro é a cena da prisão – S01E12 Locked Up – Bette está mega atraída por Candace, mas não quer trair a Tina, por isso se segura ao máximo, lutando contra todo aquele desejo, porém, chega a um ponto que não dá mais, e ela se entrega àquela vontade. Essa foi umas das cenas mais bem construída e executada da série. Beals estava perfeita.

Por ser workaholic, Bette não vê o que está diante de si e por isso age de forma egoísta e controladora – chega a ser hilário, como quando Tina estava super grávida e ela só percebe por acidente. Por ser confiante e realizada, ela também transborda seu lado dominador. Vê-se claramente quando ela conhece Tina e a maneira como Bette a conquistou – Tina usa o velho truque de “perder” o brinco, tendo que buscá-lo de volta, Bette aproveita e parte pra cima.


Após algumas puladas de cerca com Candace, – that fuckin’ bitch! – Tina descobre que foi traída e termina com Bette. Esta se entrega aos desejos e vai se aventurar com a amante, até perceber que não quer mais aquilo e resolve lutar por Tina. Esta decide bancar a difícil – e com razão!


Como uma boa “Tibette”, defendo que a separação das duas foi necessária – das duas vezes. Veja bem, na primeira, Bette passou por todo um conflito interno: as cobranças e o stress do trabalho, a expectativa de um filho a bordo, o medo de não conseguir prover uma vida confortável para sua família, a responsabilidade de criar essa criança diante todo aquele caos interior, e por fim, toda a dor do mundo pela perda do bebê. Já na segunda vez, o relacionamento estava desgastado, a traição parecia que não foi totalmente perdoada e Tina foi se fechando enquanto tinha dúvidas quanto sua orientação sexual – ela era hétero quando conheceu Bette –, a relação das duas estava um porre até que Bette colocou um fim naquilo. Gostem ou não, foi a melhor decisão que ela tomou em toda a série, pois com isso, as duas puderam se descobrir e evoluir como pessoas, levando o relacionamento delas num outro nível e desta vez, definitivo.


Apesar dos seus tantos atributos negativos, quando Bette quer, ela revela seu lado romântico, atencioso, protetor e amigo. Foram tantas cenas em que me emocionei com suas atitudes, que se eu citar todas, o post ficará mais extenso do que já está. Achei lindo quando ela largou tudo em NY e voltou correndo para casa quando ouviu as mensagens de socorro da Tina e não conseguiu falar com ela pelo telefone. Foi admirável a forma como ela se esforçou para fazer uma das declarações de amor mais linda e romântica da história das séries – 17 reasons why. Jodi fez um bem danado pra ela, enquanto durou, claro. Vibrei todas as cenas em que ela tenta proteger sua irmã Kit de se envolver em problemas. Chorei litros quando o pai dela adoeceu e ela fez de tudo para deixa-lo o mais confortável possível, e então perdê-lo. Admirei a amizade entre Bette e Tim, e Shane, e Alice e Dana e Tina – a amizade e companheirismo das duas é sensacional.


Faltou alguma coisa? Conta pra mim nos comentários ;)

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Livro: Na Teia da Aranha, James Patterson

"Por fim, eu baixei a guarda apenas um pouco. E ele veio."
By Alex Cross

Até onde um psicopata iria para alcançar a fama? Gary Soneji matara mais pessoas do que Ted Bundy e Charles Manson juntos. Isso porque desde pequeno Gary planejava ser alguém reconhecido e espelhou sua vida toda no caso "Filho de Lindbergh". Estamos diante de um psicopata que planeja tudo nos mínimos detalhes, que é extremamente paciente e que (quase) nunca comete erros.

O detetive/psicólogo Alex Cross é arrancado a contra gosto de seu caso mais recente para lidar com o caso do sequestro duas crianças de pais famosos. Conforme as coisas vão acontecendo, Alex se vê mais envolvido e obcecado pelo caso do sequestro. O que aconteceu com as crianças? Seria Gary o puro mal encarnado ou uma vítima que sofre de dupla personalidade? Teria ele um cúmplice?

Graças à essa obra, descobri que ainda não perdi minha habilidade de solucionar os casos antes de serem revelados, mas ainda sim, penei para descobrir 100%, tudo porque o livro está repleto de plot twist que te faz duvidar das informações que você havia juntado.


Minha relação com James Patterson é antiga. O conheci depois de ler o primeiro livro da série "Clube das Mulheres Contra o Crime", o "1º a Morrer" e foi como seu eu tivesse encontrado o escritor a quem eu quero me espelhar. Depois disso iniciei uma coleção com seus livros. Li praticamente todos que não são da série Alex Cross, pois comecei comprando os últimos livros lançados para só então adquirir os antigos.

"Na Teia da Aranha" - no original "Along Came a Spider" -, foi publicado no Brasil em 1995 pela editora Best Seller com 413 páginas. É o primeiro livro da série de um dos mais famosos protagonistas de James Patterson: Alex Cross. Hoje a série conta com 13 livros traduzidos, sendo eles de 1 a 5, de 11 a 14, e de 16 a 20, ou seja, se for fã que nem eu, vai ter que ler os livros faltantes em inglês mesmo.


O livro também teve um filme homônimo em 2001 com Morgan Freeman interpretando Alex Cross. Não assisti ainda para não estragar a leitura, mas pelo que li a respeito, muitas informações são omitidas e/ou alteradas no filme.

Boa leitura.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Série: Scream - The TV Series

"If You Thought It Was Over. You're Dead Wrong."
From the series

Semana passada estreou um seriado baseado nos filmes da franquia Pânico, o "Scream: The TV Series" ou apenas "Scream" - para os íntimos. Como grande fã e como a sequência da nova trilogia não vai rolar, eu não poderia deixar de conferir esse novo projeto. Embora a princípio eu tenha ficado com um pé atrás, isso mudou completamente após assistir o primeiro episódio.

O piloto da série começa com um vídeo polêmico da adolescente Audrey Jensen (Bex Taylor-Klaus, a Sin de Arrow) sendo compartilhado por toda a internet. Com isso, abre-se uma oportunidade para um assassino assombrar tanto o passado quanto presente dos cidadãos de Lakewood. E que a matança comece!



Apenas nesse único episódio, os escritores conseguiram acoplar toda a essência que a franquia carrega, qual seja diálogos inteligentes e propositais, humor, suspense e mortes cruéis e bem criativas. Uma característica que adoro são as falas sobre os clichês de filmes de horror, que são apontadas de forma bem descontraída e fica algo como Inception (uma série de horror, baseada em filmes de horror, falando de seus clichês, que ao mesmo tempo os clichês também estão inseridos na série).


Como na cena em que Noah Foster (John Karna) diz: "Não se faz um filme de psicopata como uma série. Bem, pense sobre isso. Menina e seus amigos chegam à boate, ao campo, à cidade deserta, que seja, o psicopata os mata um a um, noventa minutos depois, o sol nasce e a menina sobrevivente sentada na ambulância vê os corpos dos seus amigos passando. Filmes de psicopatas passam muito rápido. Na TV é preciso esticar as coisas. Quando o primeiro corpo é encontrado, é só questão de tempo até o banho de sangue começar."

Astuto, não? Essa fala nada mais é do que a própria elucidação de como a ideia de um seriado baseado num filme de horror pode funcionar sim. Com isso a série ganhou meu respeito, pois era justamente o que me deixava desconfiada.

Clichês têm aos montes, desde Kieran Wilcox (Amadeus Serafini) dizendo "talvez devêssemos ficar com medo. Vários adolescentes na festa do lago onde o assassino morava e morreu. É como um cenário natural para assassinos.", ou então Noah apontando os esteriótipos de suspeitos e incluindo ele mesmo.


Um dos pontos fortes do episódio foi a cena da primeira morte, que poderíamos classificar como um reboot do clássico de 1996. Tem a moça loira sozinha em casa, até que o assassino entra em contato, flerta e começa a aterrorizar jovem. Aqui podemos ver o avanço tecnológico que alcançamos, pois lá em 1996, a vítima usava um telefone sem fio tamanho tijolo e aqui em 2015, a adolescente usa um Smartphone de última geração e se comunica com o assassino através de mensagens de texto.


Uma das mudanças que fica bem visível é o design da máscara, que apesar da MTV afirmar que o motivo dela não ser idêntica à clássica não é devido aos direitos autorais - vamos fingir que acreditamos -, a nova máscara não deixa a desejar. Ela está mais sombria, mais real. E ainda li numa entrevista com os criadores da série, que ela foi inspirada em homenagem aos personagens Jason e Michael Myers de Sexta-Feira 13 e Halloween, respectivamente.

A construção dos suspeitos foi muito bacana também, ou seja, todos. Cada um é apontado como provável suspeito - ou cúmplice, não esqueçamos da franquia -, ninguém está descartado e isso é mais uma prova de que a série é possível sim, contanto que "se estique as coisas".


Ainda que o episódio piloto tenha conseguido captar as particularidades da história clássica, senti falta dos sustos e penso que cena dos sussurros foi desnecessária, deixando o lago com aspecto místico e não convence. Apesar disso, pude relembrar da sensação de assistir aos filmes e estou ansiosa pelo desenrolar da trama. Creio que muitos sustos estão por vir e que a série tem um grande potencial.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Filme: Velozes e Furiosos 7

“Woman, I am the cavalry”
By Hobbs from Furious 7

Velozes e Furiosos 7 é o melhor da franquia?

Alright, alright, alright, como eu sempre digo aqui no blog, não assisto algo apenas por entretenimento, gosto de sentir algo. E Velozes e Furiosos 7 fez isso. GEEZUS, o que foi esse filme? Uma amiga perguntou se eu chorei no final, respondi que estava tão emocionada com o filme todo, que me segurei. S P O I L E R S a seguir.

O medidor de absurdez quebrou dessa vez. E pra mim, quanto mais, melhor. A começar com a demonstração de que Deckard Shaw (Jason Statham) é foda e não tá para brincadeiras, - só eu achei desnecessário ele destruir todo o hospital que o irmão dele estava, deixando apenas dois enfermeiros vivos para cuidar dele e um quarto inteiro? Que absurdo!


Depois temos Luke Hobbs, salvando a pele de Elena Neves (VF 5 e 6), o cara foi lá e saltou do prédio para desviar do presentinho da granada que Shaw deixou para os dois, - o cara deve se achar imortal. E logo mais, temos uma bomba plantada na home sweet home de Dominic Toretto. Mas é claro que a bomba só explode depois que todos bateram um papo bem ao lado dela, saíram da casa e tiraram o pequeno Jack de qualquer risco possível. Tick Tick Boom!


A partir desse momento é absurdo atrás de absurdo. É engraçado porque conforme você assiste, você já vai esperando por mais absurdos. Outro exemplo é quando Dom leva a Letty para o racha point deles, ela participa de uma corrida, e ela ganha, of course. Na hora pensei “quer ver que magicamente ela vai se lembrar de tudo?”. Errei por pouco, pois ela vê apenas alguns flashes do seu passado.


Com o Hobbs incapacitado e Elena de babá da filha dele, eis que surge Mr. Nobody (Kurt Russell) e sua equipe ultra-armada para ajudar a família de Dom. Em troca de um favorzinho básico, claro. Que nada mais é que eles devem recuperar o programa “Olho de Deus” que a hacker Ramsey (Nathalie Emmanuel) criou. Porém, Ramsey foi sequestrada por Jakande (Djimon Hounsou), que também está atrás do programa. Ah, e ele tem uma equipe super-freaking-fucking-armada-até-os-dentes. Fácil, né? Coisa que Chuck Norris faz dormindo.


Partimos então para o plano e temos aqui uma de muitas outras cenas em que Roman esbanja sua graça. Local de entrada escolhido, vamos para a execução. E tenho que falar, saltar com carro de um avião e aterrissar de paraquedas é coisa que vemos todo dia, já tá batido. Daqui pra frente temos team Dom atacando o comboio do team Jakande – lembrei-me de Velozes e Furiosos de 2001 –, Brian O’Conner dando um show com golpes de luta – como se fizesse isso todo dia depois que virou pai e largou a vida de adrenalina –, e toda aquela tensão que nos prende até tudo dar certo. Não antes de Shaw aparecer para complicar ainda mais as coisas.

Super cars are falling in line

Resgate bem sucedido, porém, faltava o programa, que está com um amigo de Ramsey em Abu Dhabi. Chegando lá, claro que não estava com ele, seria muito fácil e o filme não duraria 2h17min. O “Olho de Deus” estava dentro de um superesportivo Lykan Hypersport que um príncipe comprou desse amigo da Ramsey. Entretanto, o carro não fica na garagem, porque príncipe que é príncipe, o mantém na cobertura em um dos três mais altos prédios do mundo. No meio da operação, as coisas complicam: Roman fracassa como desviador de atenção, Letty acaba enfrentando Kara (Ronda Rousey, lutadora invicta de MMA), Brian e Dom têm de fugir do local, não antes de pegar o programa. Como fazer isso? Saltando de um prédio para o outro, assim, fácil.

I Believe I Can Fly

Agora com o programa “Olho de Deus” eles podem finalmente ir à busca de Shaw e assim o fazem, mas tudo se complica novamente e eles acabam perdendo o programa, - ainda não entendi o porquê de eles levarem o programa junto, mas tudo bem, faz parte. Enfim, eles partem para uma nova perseguição e Shaw se une a Jakande. Temos belíssimas sequências de cenas que me lembraram de Duro de Matar 4.0, S.W.A.T. e Mercenários (qualquer um dos três).

Dom vs. Shaw; Tej, Roman, Ramsey, Letty e Brian vs. Jakande; Hobbs e a cavalaria, digo, apenas Hobbs – ele arrancando o gesso do braço foi legal. Foi um final agoniante e quando eu vi Shaw caído falei “quer ver que ele não morreu?”. Letty se lembrou de tudo – conveniente, não? E tudo acaba bem.


Bom, o filme é definitivamente o melhor da franquia. Teve racha, carros potentes e muita ação. O tema família é uma característica bem marcante no filme, tanto que Han e Gisele foram lembrados. Sean Boswell (Lucas Black), também deu as caras, para nos lembrar de Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio, e explicar mais uma vez que foi lá onde Shaw matou Han e o porquê disso tudo. Velozes e Furiosos 7 foi finalizado em tributo à Paul Walker, e óbvio que uma homenagem não iria faltar. E foi linda.

“One last ride” - Dominic Toretto 

Teremos um oitavo filme? Não sei, mas espero muito que sim. Ainda mais agora que a velhinha porreta Helen Mirren está loucamente interessada em não só dirigir o filme como também participar da trama. Ela seria quem? Avó distante de Brian ou uma vilã? Sei lá, só acho que daria muito certo. Se você não conhece o trabalho dela nesse estilo porra-louca, assista R.E.D. 1 e 2 – ou essa cena aqui – pra ver que não estou falando absurdo. Eu li que o final de Velozes e Furiosos 7 seria bem diferente do que nos foi apresentado, não fosse pela morte de Paul. E que daria um gancho para o oitavo filme.

OBS 1 – Aqui nesse link tem algumas informações sobre os carros usados no filme.

OBS 2 – O trabalho dos irmãos de Paul e a equipe de edições gráficas estão de parabéns.

OBS 3 – Até o Hector ( - Velozes e Furiosos 1) apareceu, alguém lembrava dele?

OBS 4 – Não vou muito com a cara do Sean, mas acredito que ele virá a “substituir” Brian como braço direito de Dom.

OBS 5 – Não tem cena pós-créditos.

OBS 6 – Assisti ao trailer da paródia da franquia, "Super Velozes, Mega Furiosos". Vou conferir só para rir dos clichês apontados por eles, como o cara passando óleo de bebê pra ficar parecido com o Hobbs todo suado.



O texto ficou gigante, prevejo “tl;dr” nos comentários

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Coisas que quero realizar em 2015

"Faça menos com mais foco".

Adoro listas. Seja para simples tarefas do dia ou metas a serem atingidas durante o ano,  não consigo viver sem elas. Um post como este já virou tradição do blog, até porque gosto de publicá-las aqui, e assim mantenho o foco. Será que completo todos dessa vez?
 

Fazer um curso de fotografia

Ano passado meu irmão fez um curso de fotografia, e deu pra ver toda a evolução dele como fotógrafo amador. Sou apaixonada por fotografia. Acho uma arte ilimitada. Sempre tive vontade de ter aquelas câmeras fodásticas e sair por aí fotografando, - já aprendi que quem faz a câmera é o fotógrafo, não o contrário. Hoje eu tenho uma câmera semiprofissional - nem se compara com a do meu irmão, mas dá pro gasto -, agora só me falta instruções. Hora de sair do desejo e partir para a ação.


Ler, ler e ler

Já está lançado meu desafio de leitura, porém, doze livros é razoável, diria até que obrigatório. Por isso quero dobrar o número de livros, e o que vier a mais é lucro. Isso dá dois livros por mês, combinando mais com minha realidade, pois, apesar de ter tempo de sobra, sou muito devagar para ler. Achei um outro desafio na web, de 52 livros, ou seja, um por semana. Infelizmente, por mais que eu queira fazê-lo, sei que não cumpriria. Para recompensar, usarei ele como parâmetro nas minhas leituras extras, assim será mais divertido. Afinal, meu desafio em si é para ser um incentivo, não mandatório.


Dar início ao meu livro

Em 2014 comecei a registrar fatos e curiosidades sobre meus personagens. Porém, até agora não escrevi uma história das diversas que tenho em mente. Confesso que tenho muita dificuldade de passar essas histórias para o papel. Não sei se é só comigo, mas enquanto estou escrevendo ou digitando o começo da história, meu cérebro já a concluiu e faz greve de tédio, como que se dissesse 'já sei o final dessa aí, pula pra próxima'. Portanto, apenas dando início ao livro, estarei mais do que satisfeita.

E vamos ao trabalho!

É como disse Henry Ford: "se você acredita que pode ou acredita que não pode, você está certo".

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Relatório das minhas resoluções de 2014

"Vá firme na direção da sua meta, porque o pensamento cria, o desejo atrai e a fé realiza."
By Unknown

E chegou a hora de dar uma olhadinha lá atrás, e ver o que aprontei ano passado. Sem enrolação, vamos à checagem da minha lista de resoluções de 2014.

Ter um jarro de memórias. - mais ou menos (mais pra menos do que pra mais)


A ideia era anotar em pedaços de papel tudo de bom que acontecer ano. Pois bem, até que comecei, mas depois percebi que não dava pra anotar TUDO de bom que acontecia, porque eu vejo as coisas pelo lado positivo e tento sempre tirar o que tem de melhor nelas. Então achei meio inútil e parei. Contudo, eu tinha dito que postaria algumas delas, dá uma olhada: "revi as amigas Cris e Vih (03/01/14)"; "Terminei 'Dezesseis Luas' (05/01/14)"; "Acampei na Chácara com meus primos e a Sheila (04-05/01/14); "Contei as moedas que juntei e deu R$126,00. Dinheiro para a poupança! (02/01/14)".

Aprender tocar violão. - fail (again)


Ahahahaha, nessa eu confesso que nem cheguei perto do meu violão e as únicas vezes que encostei nele foi para limpar o quarto. Não tive vontade alguma de tentar. Acho que minha vontade de aprender a tocar não é lá grandes coisas.

Redecorar o quarto. - check

(Não é meu quarto)

Yes! Apesar de gostar dele como estava, fiz algumas alterações. Ainda não consegui que ele fique do jeito que desenhei, porque essa parte envolve outras mãos de obra, então fico meio que dependente disso. Mas ainda chego lá!

Fazer qualquer exercício físico regularmente. - check


Esse foi meu orgulho do ano. Em fevereiro entrei numa academia e não parei mais. E apesar de odiar academia, acabei gostando e mudando minha visão sobre ela. Isso se deu porque com o tempo fui percebendo as mudanças que ocorreram. Entrei com o objetivo de melhorar meu condicionamento físico, em consequência, fortaleci meus músculos, minha insônia desapareceu, me senti mais disposta, minha vontade de comer besteiras diminuiu, minha canelite sumiu e de brinde perdi 7 quilos (em 5 meses). Nunca fui de ligar para a questão estética, e ainda não ligo. Faço exercícios porque me sinto bem.  

Ler mais e assistir menos. - mais ou menos


Essa foi difícil. Entrei para um cursinho para estudar para o concurso de Fiscal da RF no primeiro semestre do ano. Daí já viu, né? Não estudei tanto quanto estudei para a OAB, mas foi parecido. Tive que me focar nele, então acabei deixando séries e livros de lado. Porém, depois que acabou, voltei para meus seriados e lia livros de vez em quando. Meu contador de livros lidos nesse ano no skoob tá uma vergonha, e por isso que lancei o desafio de leitura. Enfim, estou orgulhosa de ao menos ter lido Hamlet, que era um dos livros que eu ensaiava para ler, mas nunca começava. Ah sim, também voltei a ler mangás, se isso contar como leitura, até que não fiquei tão mau assim.

Voltar a estudar. - check     


Além do cursinho no começo do ano, voltei a estudar Inglês. Apesar de já ter um curso concluído, eu estava há dois anos sem praticar e queria fazer conversação. Fui com meu irmão na escola de Inglês Wise Up, porque ELE queria começar e acabei entrando também! Estou adorando, a metodologia é incrível e estou aprendendo coisas que no primeiro curso eu não aprendi ou mesmo não vi.

Até que estou melhorando nas resoluções. ;D